19 novembro 2012

A falta que me fazem ou Elogio III



Hoje senti-me feliz. Entrei em casa com uma alegria espontânea, enquanto uma série de pensamentos me revolvia a mente. Senti vontade de cantar e dançar, e cantei e dancei sem que ninguém visse. Não me importa que todos o leiam, ou ninguém o leia.
Senti-me feliz, porque senti a falta que me fazem. Quem? Aqueles que pertencem à minha vida. Não vou enumerar nomes, nem tão pouco descrever na perfeição este ou aquele. Só quero expressar a minha gratidão para com aqueles que vão traçando cada pincelada na tela que sou. São as relações que criamos que nos moldam e nos fazem crescer. São eles, no fundo, a razão para nos fazer sorrir.
Os grandes e os pequenos, os altos e os baixos, os velhos e os novos, não importa. Não importa se nos vemos todos os dias, ou não nos vemos há anos. Não importa se passam o tempo a elogiar-nos ou a criticar-nos. Os que nos sabem chegar ao coração. Os que nos "dão na cabeça" e nos fazem pensar. Os que gozam connosco só para nos irritar. Aqueles com quem trocámos planos secretos, ou aqueles a quem emprestámos ou nos emprestaram peças de roupa. Aqueles que são cúmplices dos nossos disparates, e os que não nos deixam fazer disparates. Aqueles com quem não conseguimos estar sem mandar umas boas gargalhadas. Aqueles com quem já chorámos e aqueles a quem já limpámos lágrimas. Aqueles com quem já corremos, aqueles com quem já ficámos parados durante horas. Aqueles com quem já passámos horas na conversa ou noites acordados. Aqueles que fazem da sua casa a nossa casa. Aqueles de quem fazemos de nossa casa a sua casa. Aqueles que têm sempre palavras sábias a dizer. Aqueles que dizem mais disparates que coisas acertadas. Os que estão tristes, e os que estão contentes. Os com quem vimos desenhos animados, e os que viram outros desenhos animados. Os que são brancos, pretos, amarelos, azuis, verdes ou cor-de-rosa. Os que vêm de Vénus, de Marte, ou de Plutão (que já nem é planeta).
Não importa quantas vezes nos zangámos. Nem quantas discussões tivemos, nem em quantos assuntos não concordamos. Não interessa quantas vezes fizemos as pazes. Não importa se temos muitas coisas diferentes, ou muitas coisas iguais, ou as duas coisas.
Hoje, pensei naqueles a quem chamo amigos. Pensei em como são importantes, em como por vezes há uma enorme vontade de conversar, ou apenas de olhar. De dar um abraço, ou um beijo. De amar. Pensei na falta que me fazem. E no quão feliz sou por ter saudades. Feliz como se dançasse com paixão.
Hoje, mais uma vez pensei em como me posso considerar uma pessoa feliz. Com altos e baixos. Com momentos de risos descontrolados, e com momentos em que me vou abaixo. Mas feliz!
Não importa se tudo parece óptimo, ou se nem sempre tudo é bom. Há os que vão, e os que ficam. Importantes não são os que vão. São os que ficam.


2 comentários:

  1. que saudades!!!! :)

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  2. Muito bacana!!!
    Adorei teu post!

    Que interessante!

    O amor é o que é!!! Eba!!!
    Te seguindo!

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