31 janeiro 2009

Boa!...

Boa, consegui aceder à minha Internet de forma minimamente decente, e até consegui fazer download dos ficheiros de biologia...
O problema é que praticamente congelo, porque a parte de cima da minha casinha é gelada! Parece o pólo norte. Mas claro, não se pode ter tudo. Ou estou quentinha à lareira e tenho vontade de atirar com o modem da maravilha da net portátil à parede, ou então apanho um mínimo de rede que faça a internet funcionar bem, mas morro congelada...
Qual a melhor opção? (que tal melhorarem a rede aqui da zona, hein?! Assim já não precisava de morrer congelada se quero fazer downloads de ficheiros para estudar para os testes!)

15 janeiro 2009

Ir contra os valores

Todos nós temos certos e determinados valores. Todos defendemos coisas e condenamos outras. No entanto, nunca nenhum de nós poderá dizer que não fará o que quer que seja, porque na verdade não sabemos. A verdade é que há circunstâncias que levam as pessoas a fazer certas coisas que julgaram que nunca fariam. Pensamos que não faremos algo que vá contra os nossos valores, contra aquilo que defendemos. E julgamos os outros por o fazerem. Podemos jurar que nunca mataremos ninguém, mas não saberemos se isso será verdade, não sabemos se alguma vez por algum motivo nos veremos obrigados a tal.
Onde eu quero chegar, é que por vezes é preciso ir contra os nossos próprios valores. É claro que isso causa desconforto. Dói. Como é que podemos julgar os outros por terem feito o que quer que seja, se não estivemos na mesma situação? Como sabemos que não faríamos o mesmo, ou pior ainda? Não sabemos. Não podemos dizer que não o faríamos porque pura e simplesmente não sabemos. Muitas vezes fazemos coisas que não queríamos ou não desejávamos fazer. Como é que podemos saber que por uma vez não nos veremos obrigados a fazer as piores coisas? Aquelas que mais condenamos e que vão contra tudo o que sempre defendemos? Por muito que digamos que não, não sabemos. Não é possível, nunca, saber. É por isso que se costuma dizer "nunca digas nunca".

Um dia, bateram à minha porta. Era um homem. Tinha frio. Tinha fome. Tinha saído da prisão. Tinha morto um homem. Tinha acabado de cumprir a pena, encurtada por bom comportamento. Tinham-lhe violado a filha. Matou o homem que lhe tinha violado a filha. Tinha sofrido, na prisão, também ele coisas horríveis.

O que fariam se isto vos acontecesse?
Condenariam este homem?
Poderiam jurar que não fariam o mesmo que ele fez?
Será que até era um homem bom, e se viu a fazer uma coisa horrível porque as circunstâncias o levaram a isso?

Um crime é sempre um crime. As circunstâncias não justificam tudo. Mas e se um dia nos víssemos obrigados a fazer coisas horríveis? Se não quiséssemos, se sofrêssemos, mas ainda assim não tivéssemos mais nenhuma opção? Se não nos deixassem escolher? Se nos virmos de "mãos atadas?" Ou se nós próprios por algum motivo não reagíssemos como esperávamos reagir a uma dada situação? O que faríamos depois disso? Como nos sentiríamos?
Será que podemos perdoar alguém que fez algo que realmente condenamos?



Será que alguma vez nos veremos ir contra os nossos próprios valores?