26 março 2008

Amor e Liberdade

Uma vez que serviu para ajudar alguém, para fazer alguém compreender, achei que devia publicar aqui o meu trabalho de moral, sobre a Ressureição de Cristo, que mereceu uma nota de 20 valores... Pode ser que ajude a "iluminar" mais alguns coraçõezinhos... :)


A Ressurreição de Jesus Cristo e a Liberdade
Qual a sua relação?
Afinal o que é que a Ressurreição de Jesus, que nós, Cristãos, alegremente celebramos na Páscoa, tem a ver com a ideia de liberdade? Tudo. Jesus morreu por nós, na cruz, para nos salvar. Para nos libertar. Mas essa libertação não seria completa se ele tivesse pura e simplesmente morrido. Mas não. Cristo morreu, mas também ressuscitou. Voltou a viver. Passou da morte novamente à vida: a isto chamamos Páscoa.
Mas esta libertação é mais que uma libertação física. É a libertação do pecado. Jesus veio ao mundo para nos deixar o seu mandamento, para nos salvar. E disse-nos que nos amássemos. Deixou-nos exemplos de fé e coragem, mas sobretudo, deixou-nos o maior exemplo de como devemos amar: para lá da vida. Dando-nos a nós próprios. Ele deu-se por nós à cruz. Deu a sua vida. E tudo porque nos amava. E para nos mostrar que o amor é maior que todas as coisas, que tudo vence. E foi através desse amor que Ele nos libertou do pecado, do qual éramos “prisioneiros” desde os tempos de Adão e Eva, ou seja, desde o princípio. Pecamos porque somos humanos, imperfeitos. Magoamo-nos a nós, magoamos os outros, temos por vezes acções ou pensamentos pouco correctos. Mas o perdão é sempre possível, se nos arrependemos. E Deus perdoa. E ama-nos tanto que se fez homem, enviou o seu próprio filho, para nos mostrar que também nós devemos amar incondicionalmente. Pois só assim podemos vencer esse pecado de que somos escravos. Mas como fracos humanos que somos, que sucumbimos facilmente aos desejos, desistimos facilmente com as dores, e não conseguimos libertar-nos nós próprios desta “escravidão” da imperfeição humana que é o pecado, Jesus Cristo veio à Terra para nos salvar. Ao morrer por nós mostrou-nos o que é o verdadeiro amor. E ao ressuscitar mostrou que não nos abandonou. Que não podemos ter medo. Que não deixamos de existir por morrer. Que vale a pena dar a vida por alguém, pois não há maior gesto de amor que esse, e não há pecado que não seja vencido pelo amor. Quando amamos algo, alguém, tudo o que fazemos por esse alguém é no sentido de o ver feliz, não de o prejudicar. Porque, se amamos, não conseguimos fazer mal ao que amamos. A verdade é que como humanos todos erramos, todos pecamos. Mas se amássemos mais tudo o resto que a nós próprios, todos os nossos gestos e pensamentos seriam nesse sentido. Portanto, só pelo verdadeiro amor, que é maior que tudo, podemos vencer o pecado. Mas precisamente porque não é fácil, precisámos que primeiramente alguém o fizesse por nós. E não foi um alguém qualquer. Foi o próprio Deus que veio ao mundo feito homem. Jesus libertou-nos, ao morrer, sem ter feito nada para merecer tal condenação. Ainda assim aceitou tudo, e venceu tudo, ao deixar-se morrer na cruz, apesar da sua condição de Deus. Deus feito homem, para se assemelhar a nós, pecadores. Deu-nos esse exemplo de como devemos ser mansos, pois mesmo ao morrer não se revoltou contra essa injustiça, e deixou-se pregar na cruz, sem uma palavra de ódio, mas antes de compaixão, de amor. O verdadeiro amor.
Nós, na nossa condição de homens, é nos difícil compreender tal gesto de amor como dar a vida. Mas não há maior amor que dar a vida. Amar sem limites, incondicionalmente, aceitando tudo, mesmo a morte. Mas ao morrer, Jesus Cristo não nos abandonou. Antes ressuscitou para nos mostrar precisamente isso. Voltou a viver e fez-nos acreditar o sentido de amar assim. Porque amando… Amando podemos ser livres, de todas as maneiras! Todas as noções de liberdade, incluindo a condição de respeito pelos outros, são possíveis se amarmos o outro, incluindo aquele que passa ao nosso lado e nem sequer conhecemos. Já Santo Agostinho dizia: “Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos." E assim é, de facto. Quando amamos, todos os nossos frutos, tudo o que de nós provém, é amor. E gestos de amor não são maldosos. Só pelo amor podemos ser mansos como Jesus, e vencer o pecado. Ainda que nos custe, como homens, como pecadores, como não sendo perfeitos, devemos aceitar todas as dores com humildade, com amor. Amando tudo, amando todos, assim sim, podemos ser livres.


“Quem dá e se dá por amor não dá, recebe!”
Luiza Andaluz

Cântico do amor
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou. Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará. As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência vai ser inútil. Pois o nosso conhecimento é imperfeito e também imperfeita é a nossa profecia. Mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança.
Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face. Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido. Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor.”
1ª Carta aos Coríntios, 13
:)

06 março 2008

Ama e faz o que quiseres




"Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos."
Santo Agostinho