20 maio 2009

"Amor comprado"

Esta foi a expressão que surgiu hoje numa aula de português e me fez pensar: "amor comprado". Será que o amor pode ser comprado? Surgiu a propósito do Memorial do Convento, em referência às relações que se estabeleciam em Mafra aquando da construção do convento. Mas o amor, se é amor, não pode ser comprado. O sexo sim, e penso que era a isso que a professora se referia quando usou essa expressão. Ao sexo comprado, em Mafra, que fazia alastrar todas as doenças horrorosas numa descrição mais horrorosa ainda, em oposição ao amor natural vivido por Baltazar e Blimunda, sete-sóis e sete-luas, respectivamente.
Amor. Amor natural. Amor espontâneo. Amor verdadeiro. Amor comprado. O amor pode ser comprado? Não, não pode. O amor não é físico. Não se vê, não se cheira, não tem preço. Portanto não pode ser comprado. É tão valioso que não tem valor. Digamos, é invalorizável. E quando digo amor, não falo em namoros, nem em beijinhos. Não falo mesmo em qualquer gesto de amor, mas no amor em si. O amor essência. O tal que não se compra nem se vende, porque não está em nós poder escolher comprá-lo ou vendê-lo. O amor não está à venda, por isso não se compra.
Não há amor comprado, só o amor encontrado.
Amor...
Amor tão grande, profundo, sublime...

2 comentários:

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