19 janeiro 2013

Sobre revolução e mudança

Não é preciso que todos façam uma revolução no mundo. É preciso que em cada um haja uma revolução. Não é preciso ir por ai mudar o mundo. É preciso que cada um mude. Quantas vezes não queremos mudar o mundo, antes de mudarmos o nosso coração? Quantos por ai não acham que o mundo precisa de mudar, mas não fazem um esforço para que nada em si seja diferente?
Do mesmo modo que não se pode começar a construir uma casa pelo telhado, não se pode começar a mudar o mundo pelo que está mais distante de nós. Antes, é preciso construir as fundações e alicerces. É preciso que a mudança comece em nós. Sermos diferentes, para melhor. Fazer um esforço por ter uma atitude cada vez melhor perante a vida e suas adversidades. Reparar nos erros, nas pequenas falhas que, futuramente, certamente darão problemas. É preciso uma construção sólida. E depois, tapar fendas, desentupir canos. Cuidar para que não se degrade. É preciso um trabalho constante para que tudo se vá mantendo agradável. Não é num momento, nem noutro. Mas sempre, a cada minuto, a cada segundo que passa. É um trabalho contínuo, para a vida. Há sempre algo a cuidar.
E então, munidos da consciência de que este trabalho tem de ser incessável, estaremos aptos para partir pelo mundo. Ou pela rua ao lado. Pelo vizinho, ou pelo primo. Pelo irmão. E se em cada um operar esta mudança, será como a onda de impacto de uma pequena pedrinha atirada ao lago. Depois das fundações, dos alicerces, das paredes e pilares, o telhado ficará bem construído.
De que interessa ser rebelde e querer mudar o mundo, fazer uma revolução, se não nos revolucionarmos a nós? De que importa sair pelas ruas gritando que é preciso uma revolução, sem sermos nós os alicerces de que ela precisa?
Sim, podemos mudar o mundo. Não de uma vez, mas passo a passo. E o primeiro passo está em nós.
Revolucionar não é mudar o mundo. É sermos nós a mudança.

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